Como a criança aprende a enfrentar o mundo

Como a criança aprende a enfrentar o mundo
Como a criança aprende a enfrentar o mundo

Como a criança aprende a enfrentar o mundo? A família tradicional é o ambiente propício para isso. Foi Deus que quis assim, e o plano divino para o homem é o único capaz de o tornar feliz.

Na família tradicional, a criança encontra vários apoios. Primeiramente, ela encontra aí o amor de seus parentes.

Em segundo lugar, encontra as semelhanças físicas, psicológicas e mesmo morais trazidas pela hereditariedade.

Por fim, e não menos importante, a família é portadora da tradição: costumes, modos de ser e uma história própria.

Quando bem entendidas, essas qualidades tornam a criança ufana de si mesma. Isso tudo lhe dá um senso de seu próprio valor na sociedade, como continuadora da linha da família.

Aprendendo a enfrentar o mundo: os círculos concêntricos

Como a criança aprende a enfrentar o mundo
Como a criança aprende a enfrentar o mundo

Em uma família assim compreendida, a criança se depara com três níveis distintos de públicos, ou círculos concêntricos, diante dos quais ela precisa afirmar sua individualidade.

Círculo 1: pais e irmãos

Em primeiro lugar, ela tem seu círculo imediato, que é mais semelhante a si e diante do qual não se vê de nenhuma forma inibida. É a atmosfera em que sente o amor em mais alto grau. Nesse meio, ela não tem dificuldade em afirmar-se, em sentir-se na sua individualidade.

Entretanto, esse não é o único público com que a criança tem de lidar. Se a família se limitasse a essa pequena esfera, talvez a criança não fosse formada a afirmar-se diante de um público mais amplo e inteiramente diferente dela. Coragem e autoestima não seriam então instiladas.

Círculo 2: avós, tios e primos

E aí entra o segundo círculo, ou a família em seu segundo nível. Nesse nível, a criança ainda sente o afeto do laço familiar, porém em menor grau do que sente no círculo imediato.

Ela também sente aí as semelhanças que existem entre si e seus primos, tias e tios. Porém, as diferenças já começam a se impor.

Com isso, começa a formar-se o ‘campo de testes’ ideal, onde a criança pode exercitar a afirmação de sua personalidade e unicidade diante de outras individualidades. Tal exercício se faz ainda, todavia, numa atmosfera de amor, apoio e semelhança.

Em uma família tradicional, esse nível é com frequência bastante amplo e cheio de vida, e deve se aproveitado. Assim, evita-se que a vida de família se torne entediante e monótona.

Círculo 3: o mundo

Quando esses dois primeiros níveis – círculo imediato e ‘extensão’ da família – estão fortemente consolidados, a criança está pronta para se apresentar como indivíduo diante do ‘grande público’.

Pois ela sabe que tem o suporte de seus pais e irmãos, mas também encontra apoio nessa vasta sociedade que é a família considerada em seu segundo nível.

Isso tudo proporciona as melhores condições para a criança enfrentar o mundo, afirmando sua individualidade mesmo diante de um público hostil.

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