Virgens da Providência

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Tudo começou em 1862, na cidade de Otuzco, onde morava a Sra. Marcelina Luján. Essa piedosa mulher, por uma profunda devoção à imaculada “Virgem da Porta”, ia com sua família todos os sábados à igreja para rezar o Rosário. Como parte de sua devoção, ela sempre levava muitas rosas e flores. Por isso, Marcelina preparou uma grande horta de flores em sua casa, cercada com um muro de pedra.

Certa ocasião, Marcelina estava arrumando seu jardim, quando caiu uma das pedras que formavam a mureta. A senhora então a guardou para depois usá-la em seu forno. Assim, em 13 de janeiro, para poder finalmente encaixar a pedra no forno, ela precisou de um machado para quebrar um pedaço, pois a pedra era roliça.

Imensa foi a surpresa da piedosa mulher depois de golpear a pedra, que se dividiu em duas partes iguais. Pois, dentro da pedra, nos dois lados, estava estampada a imagem da Santíssima Virgem! Imediatamente, Dona Marcelina levou sua imagem para sala, onde começa a venerá-la, rezando o terço na companhia de seus familiares.

Em 1866, o Bispo de Chachapoyas, Monsenhor Frei Francisco Solano del Risco, ordenou que fossem feitos testes com diversas substâncias químicas, para verificar se a mão do homem não havia intervindo. Mas à medida que mais testes eram realizados, as imagens ficaram cada vez mais claras! Então, o bispo decidiu abençoá-las com os nomes de “Vírgenes de los Milagros” e “Vírgenes de la Providencia”, e disse que a aparição foi um milagre da “Virgem da Porta”, como recompensa pela fé e devoção de sua devota Marcelina Luján.