Nossa Senhora de Santa Anita

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Foi por volta de 1542, quando a aldeia de Atlixtac se tornou o povoado de Santa Anita, que um frade franciscano doente foi para lá em busca de tratamento, pois lá vivia a única pessoa da região que entendia algo de medicina. A médica era, na verdade, uma índia convertida, uma curandeira chamada Justina.

Apesar dos esforços da índia, o padre morreu pouco depois, deixando-a como herdeira de seus poucos bens. Dessa herança, havia uma bela imagem da Santíssima Virgem, para a qual Justina logo pegou o costume de rezar antes de tratar cada um de seus pacientes.

Com o tempo, a ‘doutorinha’ notou que a imagem tinha frequentes e curiosas mudanças de tonalidade: Quando, antes do atendimento, a Virgem ficava com aparência rosada e radiante o paciente sempre se recuperava, mas quando ficava com uma tez escurecida, significava que a morte deste estava próxima. Nesse último caso, ela recomendava imediatamente os sacramentos da igreja.

Muitas pessoas que rezaram àquela imagem obtiveram curas consideradas milagrosas. Por isso, após a morte de Justina, os frades franciscanos levaram a imagem para a capela do hospital de Santa Anita.

Hoje, os historiadores acreditam que essa Virgem era originalmente uma imagem da Imaculada Conceição; no entanto, por volta de 1800, lhe acrescentaram um Menino Jesus e uma vela, fazendo dela uma imagem de Nossa Senhora da Candelária, cuja festa é comemorada em 2 de fevereiro. Já a festa de 29 de maio, corresponde a coroação pontifícia ocorrida em 2004.

Em 1918, Nossa Senhora de Santa Anita também adquiriu o título de ‘Advogada dos Enfermos’. Pois, quando a gripe espanhola passou devastando a vila, ocorreram apenas mais duas mortes depoisque a Virgem foi levada em procissão por todas as ruas, pondo fim àquele flagelo.